O Coronavírus à Luz da Escatologia


A pandemia do coronavírus não pode ser desassociada da teologia dos últimos acontecimentos que precederão o fim do mundo. Não pode ser desvinculada dos sintomas dos “princípios das dores” que cairão terrivelmente sobre todo o mundo, tal como previa oportunamente o Senhor Jesus no seu grande sermão profético (Mateus 24:1-31), culminando na Sua segunda e gloriosa vinda ao mundo. 

Com isso não devemos cair no equívoco doutrinário de imputar a DEUS a responsabilidade pela pandemia do coronavírus, tal como foram lestos a concluir alguns Cristãos. DEUS não é o mentor na propagação do coronavírus nos seres humanos e, tão pouco, sente prazer que este continue a afectar e matar inúmeras pessoas em todo o mundo. O Eterno Jeová nunca é originador do mal. O mal é apenas, tal como formulava inspiradamente há séculos o Santo Agostinho, a ausência do bem. Quando o bem é abafado ou negligenciado abre-se automaticamente a porta para a disseminação e o triunfo momentâneo do mal. É isto, infelizmente, que tem estado a acontecer neste momento no nosso mundo – não só com o coronavírus, mas também com o cúmulo de guerras intermináveis, rivalidades, discriminações, usurpações, violações, incredulidade, injustiças, ódios, invejas, abusos, conflitos, criminalidades, etc. A partir do momento em que o Homem na sua altivez e auto-suficiência vira costas ao seu Criador, julgando-se “deus” de si mesmo, passa a atrair todas as desgraças mundanais, dando inevitavelmente na sua auto-destruição. 

Todos os males que acontecem no mundo, nomeadamente a fome, os terramotos, as alterações climáticas, as epidemias e pandemias, as guerras de várias ordens, as calamidades públicas, vão continuar a agravar drasticamente e a convergir para a precipitação do fim do mundo. Haverá, sustentava ainda o Senhor Jesus na Sua profecia, uma grande aflição como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver (Mateus 24:21), advertindo que “o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas” (Mateus 24:29) para depois finalmente todos os habitantes da Terra verem “o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória” (Mateus 24:21; 29; 24:30). 

É neste prisma teológico que deve ser vista e encarada a pandemia do coronavírus, que está a matar inúmeras pessoas em todo o lado, bem como tantos outros vírus maléficos que têm assolado o nosso mundo ao longo dos tempos. Não são vírus promovidos por DEUS, mas sim originados pelo próprio Homem na sua soberba e rebelião contra o seu Criador, coadjuvado neste maléfico propósito pelo Diabo (LER). Naturalmente que, para todos os efeitos, estes males só acontecem no mundo com a soberana permissão Divina. Não é DEUS que os cria, insistimos, apenas permite-os para despertar a consciência dos seres humanos e reduzi-los a nulidade. Uma coisa é permitir algo acontecer. Outra coisa, e bem diferente, é ser criador deste mesmo algo. São duas realidades completamente distantes uma da outra. DEUS jamais poderá criar o mal, no entanto usa-o muitas das vezes para educar os seus eleitos filhos e concomitantemente punir os malfeitores e filhos da perdição. 

Perante todos estes argumentos expostos, espera-se o discernimento suficiente da santa Igreja de Cristo para compreender espiritualmente o tempo em que estamos a viver, porque o fim está próximo (ALI) e (AQUI). Sabemos que já são horas de despertarmos do sono. “A nossa salvação está agora mais próxima do que na altura em que recebemos a fé. A noite já vai longa e o dia está próximo. Abandonemos as obras que são próprias da escuridão e usemos as armas que permitem lutar à luz do dia” (OUVIR), aguardando pacientemente os Novos Céus e a Nova Terra onde habita a Justiça (Romanos 13: 11-13; 2 Pedro 3:13). Que assim. E assim será no do Senhor Jesus Cristo.