Os dias que correm não são nada fáceis. Desafiam a nossa lógica racional até aos limites. Mostram-nos, através da realidade tenebrosa do mundo, o quão desumana a humanidade é e o perigo galopante e ameaçador que todos nós corremos. Vivemos em tempos de muita ansiedade, incerteza, desconfiança, medo e guerras, confirmando assim a sentença do afamado Einstein de que “o mundo é um lugar perigoso de se viver”. Realmente, em abono da verdade, o mundo é um lugar bastante perigoso de se viver. O exemplo manifesto disto são as aterradoras notícias que nos chegam dos media, reportando-nos as maléficas situações de escândalos, violações, marginalizações, abusos, guerras e, por fim, mortes.
Perante estas hediondas e reiteradas transgressões, a que temos impotentemente assistido, não há margem para dúvida que é o futuro e a sobrevivência da raça humana que está em causa. Cada vez que pactuamos com estas desumanidades estamos, de forma implícita e deliberada, a legitimar as atrocidades e autodestruição da própria Humanidade. Jamais poderemos consentir, em circunstância alguma, com tais maldades, porque constituem autênticos inimigos das sociedades abertas, do primado da liberdade e da autodeterminação que deveriam caracterizar-nos, independentemente da nossa origem, sexo e mundividência. E elas não podem triunfar, sob pena de ficarmos completamente reféns da marginalização e da tirania.
Por isso, somos todos intimados, os amantes da liberdade e democracia pluralista, a participarmos nesta justa guerra civilizacional. É uma guerra que visa afirmar, de forma intrépida e inequívoca, os sublimes e inegociáveis valores da igualdade entre os seres humanos e povos em geral; da Paz mundial e sã convivência entre os titulares e particulares, da Justiça Social e Tolerância, da Democracia e fraternidade, opondo-se manifestamente toda a sorte de preconceito, discriminação, radicalismo, subjugação, absolutismo, fanatismo, guerras, barbárie e jugo opressor. Eis, sem excepção, a peleja que nos espera a todos, isto é, a grande guerra pela civilização.