Qualquer
ser humano que prime genuinamente pelo valor sagrado da vida humana não pode
ficar indiferente às tremendas chacinas que a Rússia está a cometer neste
momento na Ucrânia e, muito menos, hesitar em condenar firmemente o tal
despotismo e posicionar-se ao lado do bombardeado povo ucraniano. Não há
nenhuma geopolítica ou geoestratégia que possa servir de pretexto para
legitimar uma hedionda guerra e consequentemente validar a cultura da morte dos
inocentes. A guerra é a pior faceta que o ser humano herdou do pecado original
de Adão e Eva. Ela é exclusivamente do Diabo e de todos aqueles que são da
perdição eterna. É a manifestação visível do poder destruidor das trevas e o
triunfo momentâneo da maldade no mundo. A guerra é a perfeita personificação
dos filhos do Diabo na sua actuação com os terceiros. Por isso, é claramente
oposta à razão, à paz, à vida, ao humanismo e à humanidade.
Confesso
que fico completamente estupefacto e triste quando vejo determinadas pessoas a
procurarem esgrimir argumentos falaciosos, tautológicos e inúteis para
justificar o injustificável, isto é, consentir com o massacre da Rússia de
Putin na Ucrânia, apontando falsamente a culpa da guerra aos Estados Unidos de
América (EUA), NATO, União Europeia (UE). E pergunto: onde ficam então nesta
história todos os inocentes e indefesos que todos os dias estão a morrer à
nossa vista de forma injusta? Há, porventura, alguma desconfiança ou provocação
que possa legitimar uma guerra armada? Será que a geopolítica ou geoestratégia é
mais importante do que a vida humana?
Toda esta
fatídica realidade só reforça a decadência ético-moral em que a Humanidade vive
há bastante tempo, convergindo cada vez mais para a sua completa ruína e
autodestruição. Estamos mesmo a caminhar, paulatinamente, em várias frentes,
para os dias do fim: fim do amor, fim da verdade, fim da paz, fim da
sobrevivência, fim da humanidade e o fim do mundo.