O Vaticano: Uma Vergonha Para o Cristianismo


O Vaticano é uma instituição eclesiástica com profundos desvios doutrinários. Incorpora no seu seio tremendas heresias que não têm qualquer tipo de suporte bíblico, arrastando consigo milhões dos seus fiéis ao longo dos séculos. O exemplo manifesto disso prende-se sobretudo com a prática do culto mariano, a veneração dos santos, o baptismo das crianças, o ecumenismo teológico, a interpretação lato sensu sobre a inerrância da revelação bíblica, a imposição do celibato ao clero, a inflexibilidade sobre o divórcio em caso de adultério (LER), o dogma da infalibilidade papal e toda a capa no sentido de o considerar como sendo representante máximo de DEUS na Terra. Valeu-nos a intrépida correção dos Reformadores Protestantes para recolocar-nos holisticamente no caminho certo da verdade soteriológica (LER)

A última toada vinda do Vaticano, dando conta que o Papa estendeu a todos os padres o poder de perdoar abortos (ALI AQUI), é o exemplo manifesto do profundo desvio doutrinário da Igreja Católica. Tanto o Papa, bispos, sacerdotes, freiras, missionários e todos os cristãos, ninguém tem a prerrogativa de perdoar os pecados cometidos contra o corpo, a natureza e a Trindade. A única pessoa que dispõe desse poder absoluto é DEUS. O Senhor Jesus, na sua encarnação, perdoou os pecados porque Ele é DEUS. Acontece que, por vicissitudes várias e supervenientes, o Vaticano sempre se arrogou de bom anfitrião espiritual, baseando-se numa errada interpretação da afirmação de Jesus ao Apóstolo Pedro em Mateus 16:13-20, usurpando assim poderes que as Escrituras Sagradas não lhe conferem. 

E mais, não há nenhuma novidade no facto de o Papa ter autorizado os padres a absolver as mulheres que se arrependeram de terem praticado o aborto, antes pelo contrário é motivo de tamanha preocupação para quem conhece as Escrituras Sagradas. Digo isto porque esta decisão põe em causa, de forma flagrante, o Sacerdócio Universal dos crentes (1 Pedro 2:5; 2:9; Apocalipse 1:6; 5:9-10). Todos os Cristãos têm acesso livre e directo ao Trono Celestial de DEUS, sem necessitarem de intermediários humanos para que tal aconteça (Efésios 3:11-12; Romanos 5:2). A mesma realidade aplica-se, igualmente, na confissão dos pecados. Qualquer pessoa, seja qual for a sua condição ou cadastro social, pode recorrer unilateralmente a DEUS o perdão dos seus pecados, uma vez que um coração quebrantado e contrito ELE jamais desprezará (Salmo 51:17). Acresce ainda o facto que, aos olhos de DEUS, todos os pecados são perdoados aos homens, excepto a blasfémia contra o Espírito Santo (Mateus 12:31-32; Marcos 3:28-30; Lucas 12:10). E este pecado apenas será cometido por aqueles que não herdarão a vida Eterna. Do resto, todos os outros pecados, independentemente da sua natureza, gravidade ou monstruosidade, o sangue do Senhor Jesus tem poder para os purificar (Salmo 32:5; Hebreus 10:18). 

É verdade que o aborto é um autêntico crime. É tirar a vida de um inocente que merecia sobreviver. Não há justificações "plausíveis" a que se possa recorrer para fazer valer tão vil desumanidade (LER). Mesmo assim, ele é perdoado pelo nosso Amoroso DEUS, tal como os pecados da pedofilia, homossexualidade, roubo, infidelidade, mentira, assassinato, idolatria, corrupção, adultério, ateísmo, agnosticismo, matricida, patricida, fratricida, soberba, chulos, lenocínio, terrorismo, injustiças, ofensas e todos os restantes pecados que não foram enumerados, contando que haja apenas um genuíno arrependimento e conversão a DEUS por parte do pecador, mostrando pelo seu comportamento que está de facto arrependido (Actos 26:20)

A virtude do perdão é um dos excelsos atributos comunicáveis de DEUS, razão pela qual está encerrada na Oração do Pai Nosso (LER) e em inúmeras outras passagens bíblicas. Somos encorajados a perdoar sempre o nosso próximo como DEUS nos perdoou e continua a perdoar (Mateus 6:12; 18:21-23). Tal significa, em termos objectivos, que o perdão deve ser ilimitado, pois DEUS faz exactamente isso connosco (1 João 1:9). O nosso perdão não pode extravasar o seu domínio próprio, isto é, somente podemos perdoar aqueles que nos ofendem e não assumir o protagonismo de perdoar os que pecam contra DEUS como os Papas arbitrariamente costumam fazer. 

Por isso, atendendo à verdade exposta, é completamente inoportuno este propalado anúncio do Vaticano. O Papa Francisco já nos deu a conhecer a sua verdadeira faceta pontifícia. É um calculista irenista, que se desdobra em desvelos alimentados por uma mercenária ânsia de legitimação popular. Uma vergonha para o Cristianismo, bem como o Vaticano. Resta-me, como Cristão, suplicar a DEUS para perdoá-lo juntamente com os seus correligionários da instituição que lidera, porque não sabem o que fazem.