Viver Para Contá-la (5)

Anteontem, por imperativo da consciência, depois de uma profunda e demorada reflexão, dei por encerradas todas as restrições alimentares que tenho vindo a adoptar escrupulosamente nos últimos anos (LER). Nos próximos tempos que se avizinham, querendo DEUS, já não vou privar-me dos alimentos que outrora comia antes de ser vegano. Voltarei a comer tudo o que estiver à minha disposição. 

Esta radical mudança prende-se sobretudo com o facto de entender que já não é oportuno continuar a ser vegano e aplicar fortes privações no meu cardápio alimentar. Obviamente que esta minha decisão não foi, em circunstância alguma, motivada por razões de saúde. Também não tem nada a ver com questões de estética e, muito menos, pressões exercidas por terceiros. Foi um acto manifestamente livre, esclarecida e unilateral da minha parte. Da mesma sorte, quando decidi ser vegano e cortar drasticamente com a parte significativa dos alimentos que faziam parte da minha rotina alimentar, até então, não me baseava em sectarismo ideológico-filosófico ou questões religiosas e, muito menos, de estético-física, tal como a generalidade das pessoas costuma fazer (LER). Dei esse enorme passo de “reeducação alimentar”, depois de um levantamento exaustivo que fiz sobre o nutricionismo e da consciência apurada que assimilei sobre a importância cimeira de jogar pela prevenção, para testar a mim mesmo e reconciliar-me definitivamente a nível alimentar. E assim foi naturalmente. 

É verdade que, a partir do momento que adoptei esta postura alimentar austera, acabei concomitantemente por colher os benefícios dela a todos os níveis. Ganhei mais equilíbrio emocional, mais qualidade de saúde e de vida também. Tornei-me mais leve e saudável – tanto do ponto de vista físico, como mental e espiritual (LER). E todos estes significativos ganhos não podem ser irresponsavelmente desperdiçados, razão pela qual vou continuar vigilante com a salutar postura Cristã de “viver para comer” e não hedonisticamente “comer para viver”. Não me vou entregar mais às comezainas e, muito menos, desleixar-me. Vou continuar, na medida do possível, com a graça de DEUS, a alimentar-me bem, cuidando convenientemente do meu corpo, mente e espírito. 

Os próximos tempos serão bastantes importantes e determinantes na clarificação definitiva da alimentação que incorporarei num futuro mais distante. Ajudar-me-á, sem dúvida, a definir melhor a alimentação que melhor me ajustará. Até lá, enquanto esta questão está ainda por decidir, vou voltar moderadamente a comer tudo o que estiver à minha disposição.