Ninguém pode ficar indiferente com a catastrófica situação humanitária que se vive há muito tempo na Faixa de Gaza. Ninguém que esteja no seu perfeito juízo pode folgar-se com a indiscriminada mortandade das criancinhas palestinianas, mulheres e homens que, diariamente, de forma bruta e sem piedade, morrem perante as bombas e a fome provocada pelo bloqueio israelita. Realmente, nenhum ser humano pode ficar alheado, omitir, consentir ou aprovar a carnificina na Faixa de Gaza e na Cisjordânia que está a ser perpetrada arbitrariamente pelas tropas israelitas (LER).
Levantar ousadamente a voz para denunciar o despotismo, o abuso, a guerra e a matança deliberada dos inocentes palestinianos nas mãos das tropas israelitas é uma questão de bom senso e de razoabilidade. É uma questão de não pactuar com o esmagamento, a injustiça, a impunidade e a ditadura. Denunciar todos estes desumanos horrores da guerra é uma questão de humanismo e de humanidade. Denunciar os deliberados crimes de guerra e a propagação do mal é, acima de tudo, uma questão de defesa intransigente dos Direitos Humanos.
Esta monstruosa guerra ultrapassa qualquer tipo de crenças firmadas e status quo. Também ultrapassa as diferentes ideologias, modus vivendi e as mundividências que cada um de nós possa ter sobre a legitimidade, ou não, de uma guerra. Ultrapassa ainda qualquer tipo de querelas políticas e as crónicas disputas territoriais na Terra Santa entre os judeus e palestinianos. Esta vergonhosa guerra ultrapassa todos os pressupostos axiológicos da Carta das Nações Unidas, bem como tudo aquilo que é o mais correcto, sensato, justo, aceitável, tolerável e humano.
Por isso, é urgente que o mundo inteiro levante a sua voz para travar definitivamente a ocupação israelita na Faixa de Gaza e a escandalosa política dos colonatos na Cisjordânia. É preciso, mais que isso, que o mundo e todos os homens e mulheres de “boa vontade” convirjam num único esforço de, com carácter de urgência, obrigar Israel a cessar imediatamente com a descabida guerra e negociar a libertação dos reféns israelitas que ainda estão nas mãos dos terroristas do Hamas.
Se na primeira fase da guerra, depois do inesperado massacre que Israel foi vítima por parte dos terroristas do Hamas, culminando na injustificada e horripilante morte de mais de mil inocentes israelitas, fazia todo o sentido que Israel reagisse e defendesse a sua integridade, isto é, responsabilizar os perpetradores desta inenarrável barbaridade humana. A pronta e justa resposta de Israel, no início, tinha a completa justificação legal, política, ética e moral à luz do Direito Internacional (LER).
No entanto, depois de algum tempo, já não fazia sentido continuar teimosamente com a prejudicial guerra, tal como Israel tem vindo a fazer, ignorando todas as evidências e chamadas de atenção de países e entidades internacionais. Continuar ad aeternum com esta mortífera guerra colide frontalmente com todos os princípios e disposições de Direito Internacional, sobretudo o Direito Internacional Humanitário estabelecido nas Convenções de Genebra e os seus Protocolos Adicionais (LER).
Neste momento, não se pode falar da legítima defesa por parte de Israel, tendo em conta a desproporcionalidade abismal do saldo da guerra para ambos os lados. Estamos a caminhar para aproximadamente 60 mil mortes e milhares de feridos palestinianos contra mil e tal mortes e algumas centenas de feridos por parte de Israel.
Da mesma sorte que não hesitei em condenar publicamente o horripilante massacre do Hamas contra Israel no dia sete de Outubro de 2023 (LER), também não hesito em condenar aqui publicamente a mortífera guerra que Israel está a fazer de algum tempo a esta parte na Palestina, principalmente na Faixa de Gaza, ceifando milhares de vidas e deixando um rasto de destruição incalculável.
É com bastante dor, e com o coração completamente dilacerado, que tenho estado a acompanhar de perto esta sangrenta guerra sem fim à vista (LER). É com bastante sofrimento e impotência que vejo a apatia, impotência e falta de boa vontade por parte dos actores políticos mundiais para solucionar definitivamente esta assustadora guerra. É, por fim, com bastante dor e coração partido que me tenho curvado diante do nosso Todo-Poderoso DEUS em oração, pedindo-Lhe a urgente ajuda para que acabe com esta loucura mortandade.
Estão no meu coração todos os inocentes palestinianos que estão a ser diariamente atormentados pelas indiscriminadas bombas dos israelitas. Estão no meu coração todos os Cristãos palestinianos, os meus irmãos na Fé, que estão desesperados, com perdas humanas dos seus entes familiares e amigos. Estão no meu coração todas as inocentes vítimas de forma directa e indirecta desta maldita guerra – tanto do lado judeu como do lado palestiniano –, especialmente as vítimas mortais de ambos os lados.
É impreterível acabar com esta terrifica guerra que não é benéfica para ninguém. Acabar com esta mortífera guerra, que não é proveitosa para as partes beligerantes e também para o mundo em geral. É extremamente importante acabar com esta hedionda guerra para, desta forma, o mais rapidamente possível, libertar todos os reféns israelitas que ainda estão no cativeiro do Hamas na Faixa de Gaza. Só cessando esta guerra se poderá abrir caminho para a libertação dos pobres reféns israelitas e a tão almejada paz naquela conturbada região do globo.
Em suma, é importante acabar com a guerra para poupar vidas e, consequentemente, cessar os tremendos horrores humanitários que se vivem na Faixa de Gaza há muito tempo. Esta interminável e abominável guerra é uma autêntica desumanização e vergonha para toda a humanidade. E deve acabar já para o bem de todos!