Os Oficiais da Igreja devem ser irrepressíveis na sua
postura eclesiástica, familiar, social, relacional e em toda a sua convivência
diária. Não devem ser pessoas, tal como exorta expressamente a Palavra de DEUS,
dadas ao vinho, nem a levantarem conflitos ou serem interesseiras, orgulhosas,
nem ter mau génio ao ponto de levarem uma vida reprovável. Devem, antes pelo
contrário, ser sujeitos de boa reputação, fiéis na vida conjugal e bons pais de
família, sóbrios, prudentes, equilibrados, hospitaleiros e terem capacidades
suficientes para ensinar (1 Timóteo 3:1-7; Tito 1:6-9). Os
Pastores, os diáconos e as diaconisas devem ser exemplos na comunidade e na
vida fora, especialmente os Pastores. Estes não podem, em circunstância alguma,
descurar a sua espiritualidade. Devem estar sempre na linha da frente na
intransigente defesa da Sã Doutrina, da Ética Cristã, da Moral e dos Bons
Costumes. O ministério pastoral dos Pastores não está dissociado dos seus
familiares, entendemos nós, isto é, no caso de serem casados, das suas esposas,
filhos e todos aqueles que estão sob os seus cuidados.
Por esta ordem de ideias, a mulher do Pastor deve
apresentar-se com dignidade, modéstia, sem grandes penteados, nem ouro, nem
jóias nem vestidos luxuosos, mas sim como convém à mulher que se preocupa
principalmente em agradar a Deus pelas boas obras (1 Timóteo 2:9-10),
evitando sobretudo o pecado do materialismo, da bisbilhotice, da
murmuração, da sensualidade e sumptuosidade. Da mesma sorte, espera-se um
comportamento decente e congruente dos filhos dos Pastores com os impolutos
Princípios e Valores Cristãos, uma vez que fazem parte essencial do ministério
pastoral. A família Pastoral deve ser modelo para todas as famílias da Igreja –
tanto na espiritualidade, na oração, no serviço aos santos, na hospitalidade,
na solidariedade, na visitação e na Evangelização e Missões. A mulher do Pastor
deve ser – particularmente – exemplo para toda a comunidade e concomitantemente
os filhos dos Pastores, com vista a “aliviarem” o ministério
do Pastor e, deste modo, colaborarem de forma edificada no ofício pastoral,
livrando assim o Pastor de “não se tornar motivo de difamação nem
cair na armadilha preparada pelo Diabo (1 Timóteo 3:1-9). Isto porque, como
dizem as Escrituras Sagradas, “se alguém não é capaz de ser um bom
chefe da sua própria família como pode assumir responsabilidades na Igreja de
DEUS?” (1 Timóteo 3:1-5). Obviamente que não está habilitada para ser
Pastor do rebanho do Senhor Jesus Cristo. A mesma verdade se aplica também aos
diáconos, diaconisas e demais responsáveis da Igreja.
Acontece que, por vicissitudes várias, infelizmente,
tem havido uma manifesta negligência no que toca à “postura
irrepreensível” que deveria nortear a família pastoral e de todos os
Oficiais da Igreja. Há cada vez mais um esforço de tentar dissociar o
ministério do Pastor da sua família, praticamente desvinculando a mulher do
Pastor e os seus filhos como parte fundamental do referido ministério, através
de um discurso tautológico aparentemente “consistente” de
vitimização sobre a demasiada pressão que as comunidades colocam na família
Pastoral. Apercebemo-nos claramente disso quando estávamos a estudar no
Instituto Bíblico das Assembleias de DEUS e posteriormente no Seminário
Teológico Baptista, bem como nas conversas que temos mantido com inúmeros
Pastores e Líderes de várias denominações Evangélico-protestantes. Jamais
poderemos compactuar com este discurso redutor e sem qualquer sustentáculo
bíblico.
É verdade que o Diabo tem usado muitas pessoas na
Igreja para propositadamente caluniar, humilhar, magoar e ofender o Pastor e a
sua família. Também é verdade que, nalgumas igrejas, tem havido uma agenda
direcionada a colocar em causa a reputação da família pastoral, através de
suspeitas infundadas, maledicências, inverdades grosseiras e toda a sorte de
ataques vis contra o bom nome do Pastor e da sua família. É verdade ainda que
há uma utópica visão dos Cristãos que julgam que a família Pastoral deve ser
perfeitíssima em tudo, sem possibilidade de humanamente falhar. Qualquer
recaída é motivo para colocar logo em causa todo o bom trabalho e reputação do
Pastor. Não estamos a desvalorizar tais subjacentes realidades nas nossas
congregações e, nem tão pouco, as pressões descabidas que parte significativa
dos Pastores e as suas famílias vivem. Estamos plenamente cientes disso. No
entanto, esses ataques do adversário fazem parte do ministério pastoral e a
família do Pastor deve saber muito bem conviver com eles, procurando na medida
do possível não ofender a consciência dos ímpios e nem da igreja de DEUS. Ser,
acima de tudo, delicado para com todos, não pelo seu interesse, mas pelo bem de
todos, para que possam salvar-se (1 Coríntios 10:32-33). Por
isso, o Pastor “deve tratar toda a gente com delicadeza, deve saber
ensinar e ser capaz de suportar o mal. Deve saber corrigir os seus adversários
com mansidão, pois talvez Deus os leve a arrependerem-se para reconhecerem a
verdade. E assim escapam da armadilha do Demónio que os traz amarrados para
fazerem o que ele quer (2 Timóteo 2:24-26). E tudo isto passa, em
última instância, por Pastor ser um exemplo de testemunho para todos os fiéis,
juntamente com toda a sua família. Eis o maior e melhor remédio para todas
essas artimanhas do Diabo. Que assim seja.