A máscara, a todos os níveis, tem uma conotação bastante negativa do ponto de vista Cristão. Ela é manifestamente incompatível com os Princípios e Valores do Cristianismo. A Palavra de DEUS exorta-nos vivamente a afastarmo-nos do mal e também de toda a aparência do mal (1 Tessalonicenses 5:22). Por isso, faz-me imensa confusão a máscara ser, neste momento, o nosso importante “aliado” no sagrado culto que prestamos a DEUS (pelos menos desde quando despoletou a maldita pandemia do coronavírus). Vemos a promoção – até à exaustão – das máscaras nos nossos púlpitos, bancos de igrejas e congregações em geral. Um desfile interminável de máscaras: máscaras a serem usadas nas pregações, na Escola Bíblica Dominical, no louvor e adoração, sob o falso pretexto de “protegermo-nos” uns aos outros e obedecer aos ditames das autoridades, que decretam o seu uso obrigatório nos templos.
A Igreja deveria ter feito finca-pé para não aceitar a máscara nas suas instalações, reclamando com maior alcance a excepção que os restaurantes beneficiavam. Faz algum sentido estar a pregar ou louvar a DEUS com máscara? Obviamente que não.
Toda esta trapalhada e deriva eclesiástica deve-se ao facto de as lideranças das igrejas decidirem, unilateralmente, sem base bíblica, fechar a Casa de DEUS, antes de ser propriamente decretado o estado de emergência, condicionando posteriormente a imposição do Estado na liberdade do culto dos crentes. Se as autoridades das igrejas não tivessem inicialmente alinhado na agenda mundana do Estado este, em circunstância alguma, ousaria obrigar à proibição das celebrações religiosas, uma vez que não tem competência constitucional para fazê-lo. A propósito disso, do fecho das igrejas, escrevia o ilustre Professor Catedrático Jorge Bacilar Gouveia, que “não esteve bem a hierarquia católica, que foi mais drástica do que o poder político, tomando e até antecipando uma proibição que nem o próprio Estado teve a ousadia de aplicar com tanta severidade”.
E mais, a declaração do estado de sítio ou do estado de emergência “em nenhum caso pode afectar os direitos à vida, à integridade pessoal, à identidade pessoal, à capacidade civil e à cidadania, a não retroatividade da lei criminal, o direito de defesa dos arguidos e a liberdade de consciência e de religião”, tal como preceitua a Constituição da República Portuguesa (art.º 19.6). Mas, infelizmente, as igrejas optaram erradamente por alinhar na onda do fecho generalizado e na subserviência sem precedentes ao poder político em detrimento da Palavra de DEUS e da saúde espiritual dos fiéis, distorcendo inclusive o alcance teológico da passagem bíblica de Romanos 13:1-7 para justificar o injustificável, isto é, o fecho das igrejas.
O dia da libertação das máscaras chegou finalmente hoje. Espero que não seja momentaneamente um até já, mas sim uma libertação permanente. Espero igualmente que o uso de máscara não seja mais obrigatório, mas sim facultativo, para o bem de todos. Espero, por fim, que as máscaras abandonem definitivamente os nossos púlpitos e portas das nossas igrejas para assim podermos proclamar e louvar livremente o nosso Eterno DEUS, sem qualquer tipo de obstáculo, sufoco ou impedimento.