ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL (1): O Suicídio à Luz da Palavra de DEUS (1Rs 19:1-18)


Nunca foi tão premente reflectir sobre a saúde mental dos Cristãos como nos dias de hoje. Nunca foi tão oportuno redimensionar a teologia e as pregações bíblicas sobre esta calamidade público-social que afecta, cada vez mais, de forma drástica e funesta, milhões de pessoas em todo o mundo. A doença mental é um dos grandes cancros do nosso mundo pós-moderno, penetrando com bastante alcance nos círculos Cristãos. Por isso, a Igreja do Senhor Jesus Cristo não pode, em circunstância alguma, ignorá-la como se ela não existisse, tal como tem feito. 

Há muitos Cristãos que sofrem cronicamente com os problemas de ansiedade, depressão e tantos outros distúrbios cognitivos, ficando consideravelmente prejudicados a nível do seu crescimento espiritual, por causa da ausência completa do ensino bíblico nas igrejas e falta de apoio sobre a saúde mental. Muitos crentes, por vicissitudes várias e supervenientes, acabam por sofrer sozinhos, escondendo inclusive a doença da Igreja e terceiros, tendo em conta o estigma elevado e o preconceito generalizado de que a doença mental é objecto no meio Cristão. 

A temática sobre os distúrbios e doenças mentais não é propriamente consensual entre os Cristãos. Há uma grande querela doutrinária em saber se um genuíno filho de DEUS pode ser passível de contrair doenças mentais incapacitantes, levando-o, como consequência de tais patologias, em última instância, a suicidar-se. Não é o meu objectivo aqui destacar as várias posições em torno deste polémico assunto. No entanto, sou da inteira opinião que um autêntico Cristão pode sim sofrer de doença do foro mental, não obstante reconhecer concomitantemente que a generalidade das doenças mentais é de procedência maligna. Por outras palavras, não tenho nenhuma hesitação em afirmar peremptoriamente que as doenças do foro mental são o meio mais apelativo para o Diabo infiltrar-se na vida das pessoas e, consequentemente, destruí-las. O exemplo manifesto disso é a loucura do suicídio. 

Julgo, em suma, que nenhum Cristão “nascido de novo” pode atentar contra a sua própria vida ao ponto de pôr termo a ela, independentemente da situação de aflição que possa estar a viver no seu quotidiano. A presença do Espírito Santo na vida dos filhos de DEUS é um travão poderosíssimo para que estes não ponham termo à própria vida, não obstante poderem legitimamente, em determinados casos das suas vidas, querer morrer. Uma coisa é querer legitimamente morrer. Outra coisa, e bem diferente, é pôr termo à própria vida. São realidades completamente distintas uma da outra. Nenhum ser humano ou Cristão tem a prerrogativa para conspirar contra a própria vida. É esta grande e inequívoca verdade bíblica que enfatizei nesta lição da Escola Bíblica Dominical (EBD). 

Que DEUS nos abençoe e nos livre de todo e qualquer tipo de doenças. Que assim seja. E assim sempre será pela fé no Senhor Jesus Cristo.