Nunca foi tão premente
reflectir sobre a saúde mental dos Cristãos como nos dias de hoje. Nunca foi
tão oportuno redimensionar a teologia e as pregações bíblicas sobre esta
calamidade público-social que afecta, cada vez mais, de forma drástica e
funesta, milhões de pessoas em todo o mundo. A doença mental é um dos grandes
cancros do nosso mundo pós-moderno, penetrando com bastante alcance nos
círculos Cristãos. Por isso, a Igreja do Senhor Jesus Cristo não pode, em
circunstância alguma, ignorá-la como se ela não existisse, tal como tem feito.
Há muitos Cristãos que
sofrem cronicamente com os problemas de ansiedade, depressão e tantos outros
distúrbios cognitivos, ficando consideravelmente prejudicados a nível do seu
crescimento espiritual, por causa da ausência completa do ensino bíblico nas
igrejas e falta de apoio sobre a saúde mental. Muitos crentes, por vicissitudes
várias e supervenientes, acabam por sofrer sozinhos, escondendo inclusive a
doença da Igreja e terceiros, tendo em conta o estigma elevado e o preconceito
generalizado de que a doença mental é objecto no meio Cristão.
A temática sobre os
distúrbios e doenças mentais não é propriamente consensual entre os Cristãos.
Há uma grande querela doutrinária em saber se um genuíno filho de DEUS pode ser
passível de contrair doenças mentais incapacitantes, levando-o, como
consequência de tais patologias, em última instância, a suicidar-se. Não é o
meu objectivo aqui destacar as várias posições em torno deste polémico assunto.
No entanto, sou da inteira opinião que um autêntico Cristão pode sim sofrer de
doença do foro mental, não obstante reconhecer concomitantemente que a
generalidade das doenças mentais é de procedência maligna. Por outras palavras,
não tenho nenhuma hesitação em afirmar peremptoriamente que as doenças do foro
mental são o meio mais apelativo para o Diabo infiltrar-se na vida das pessoas
e, consequentemente, destruí-las. O exemplo manifesto disso é a loucura do
suicídio.
Julgo, em suma, que
nenhum Cristão “nascido de novo” pode atentar contra a sua própria vida ao
ponto de pôr termo a ela, independentemente da situação de aflição que possa
estar a viver no seu quotidiano. A presença do Espírito Santo na vida dos
filhos de DEUS é um travão poderosíssimo para que estes não ponham termo à própria
vida, não obstante poderem legitimamente, em determinados casos das suas vidas,
querer morrer. Uma coisa é querer legitimamente morrer. Outra coisa, e bem
diferente, é pôr termo à própria vida. São realidades completamente distintas
uma da outra. Nenhum ser humano ou Cristão tem a prerrogativa para conspirar
contra a própria vida. É esta grande e inequívoca verdade bíblica que enfatizei
nesta lição da Escola Bíblica Dominical (EBD).
Que DEUS nos abençoe e
nos livre de todo e qualquer tipo de doenças. Que assim seja. E assim sempre será
pela fé no Senhor Jesus Cristo.