Grande Entrevista Com a “Dama de Ferro” Sali Mané
A Guerra Que Não Trouxe a Independência Nacional
O Sistema da Educação na Guiné-Bissau
Cem Anos de Amílcar Lopes Cabral e a Guiné-Bissau Num Beco Sem Saída
O Eng. Amílcar Lopes Cabral atraía imensos inimigos perante os seus correligionários do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo-verde (PAIGC), não obstante o seu humanismo social que era patente nos retratos da guerra. Era um homem extremamente culto e defensor acérrimo de causas sociais. Notava que ele realmente amava as pessoas, não obstante as leituras que cada um poderá fazer da exequibilidade do seu projecto governativo e legado político. Foi, sem dúvida, um político africano brilhante e completamente comprometido com o seu povo que, tal como o próprio manifestou publicamente em inúmeras ocasiões, “quis saldar a sua dívida para com o seu povo e viver a sua época”.
Mesmo assim, os seus opositores por rivalidades e inveja, catalogavam-lhe vários epítetos pejorativos para arruiná-lo na sua determinada luta da autodeterminação da Guiné e Cabo-Verde, até ao ponto de liquidarem definitivamente o homem (LER). O Eng. Amílcar Cabral, para grande tristeza nossa, não chegou de “saldar” completamente a sua dívida com o seu povo e também não viveu a sua época como almejava. Partiu prematuramente. Deixou muitas e grandes iniciativas político-governativas para materializar na Guiné e Cabo-Verde. Tudo foi muito rápido e funesto na sua vida. As suas ideias e ideologias foram, no curto espaço do tempo, aquando da sua morte, rapidamente adulteradas pelos camaradas e altos dirigentes do PAIGC, lançando a Guiné-Bissau num pântano de nulidade política ao longo das décadas e até à data presente.
Por isso, a Guiné-Bissau é um país fracassado a todos os níveis. Vive inveteradamente pelas ruas da amargura. Nunca teve, desde a sua História de autodeterminação, responsáveis políticos à altura do exigente desafio governativo. Foi sempre conduzida por pessoas medíocres, incompetentes, corruptas e manchadas pelos crimes de sangue. A arbitrariedade, o nepotismo, o clientelismo, a obstrução da legalidade, o abuso de poder, o revanchismo e a impunidade são vícios arreigados que, para nossa infelicidade colectiva, caracterizam o destino funesto do país. Os órgãos de soberania são instrumentalizados, tornando-se reféns de interesses obscuros de uma certa minoria que, de forma presunçosa e impune, fazem e desfazem a seu bel-prazer a Res Publica.
A crónica crise institucional que opõe os órgãos de soberania e partidos políticos podendo, inclusive, deteriorar ainda mais o já inabilitado estado do país é o reflexo manifesto de tudo o que acabamos de sustentar. Temos um ditador como Presidente da República que desconhece absolutamente as suas atribuições constitucionais e um dos factores de instabilidade no país, bem como uma Assembleia da República completamente descaracterizada do seu substrato legislativo. Deputados sem escrúpulos, para não dizer outra coisa, que vivem à mercê de circunstancialismos e favorecimentos. Um Governo ilegal composto por fraldiqueiros que tão bem conhecemos em outros carnavais, somando-se ainda um licencioso poder judiciário susceptível de ser peitado a troco de um bom “suku di bás” para perverter a Justiça. Todos estes pejorativos adjectivos aplicam-se na perfeição à nossa insubordinada e corrupta classe castrense. Estamos desgraçadamente entregues, sem dúvida, a embusteiros e traidores da pátria. Só pano tchora dur garandi: Guiné-Bissau kaba sim Cabral!
Saber Discernir o Tempo em Que Vivemos
A Convulsão Político-governativa na Guiné-Bissau
Os Ilegais Congressos Extraordinários no PRS e Madem - G15
Tenha um bom proveito na visualização e auscultação do vídeo. Feliz noite de descanso e boa semana.
Vida e Obra do Meu Querido Tio Domingos Vieira
Falar do meu querido tio Domingos Vieira tem muito que se lhe diga. Era o irmão mais novo do meu saudoso pai Jorge Vieira numa lista de sete irmãos, nomeadamente três homens e quatro mulheres. O meu pai era o primogénito dos meus avós paternos. A nossa família, desde o começo, sempre foi bastante unida e mantém-se intactamente assim até à data presente, não obstante pontuais tensões e querelas que normalmente vão surgindo, como é comumente natural no seio de qualquer família, sobretudo em famílias numerosas como a minha. Esta unidade familiar e coesão deve-se, acima de tudo, à determinação e sentido de responsabilidade do meu pai e, posteriormente, do meu tio Domingos Vieira e os seus irmãos. Tanto que, por esta razão, depois do prematuro falecimento do meu pai Jorge Vieira foi o tio Domingos Vieira quem assumiu, por completo, as rédeas e liderança de toda a nossa família, coadjuvado pela minha tia Fina Indi (LER) e o meu tio Duarte Vieira (Duvi).
O meu querido tio Domingos Vieira, também que era carinhosamente cognominado por “Baúnhá” nos círculos da nossa etnia papel, que eu particularmente chamava de “pape de Didi” – por ser o pai do meu primo com o mesmo nome – destacava-se pela sua verticalidade, honorabilidade, desprendimento, humildade, cultura e amor incondicional pela família. Assim sendo, depois da morte do meu pai Jorge Vieira, carregou a nossa família sem qualquer tipo de hesitação ou lamúrias, e com todas as implicações que isto teve na sua vida. Foi um homem de família e viveu em torno da família até ao fim dos seus dias.
O tio Domingos Vieira, desde muito cedo, destacou-se perante tudo e todos. Destacou-se na vida familiar, relacional, social e profissional. Foi um alto funcionário do Ministério dos Recursos Naturais da Guiné-Bissau, desempenhando ininterruptamente o cargo de director financeiro daquela instituição estatal por muitos anos, trabalhando com mais diversificados ministros e secretários de estados até se reformar, apesar de ser um homem apartidário e equidistante do ponto de vista político. Digo isto porque na Guiné-Bissau, infelizmente, tudo é instrumentalizado pela política. É praticamente impossível estar num cargo de topo por muito tempo, sem ter filiação partidária ou sujeitar-se a determinadas artimanhas de subjugação e rasterice à moda guineense. O meu tio era antítese de todo este servilismo decadente e falta de carácter. Mesmo assim, recebia a confiança dos seus superiores hierárquicos, tendo em conta a sua postura pacifista, diligente, competente, agregadora e incorruptível.
O meu tio Domingos Vieira lidava com bastante dinheiro, mas nunca foi suspeito ou acusado de desviar algum fundo do Ministério dos Recursos Naturais da Guiné-Bissau. Sempre teve carros por causa da função que exercia e nunca os usou para fins que não fosse profissionais. Não era esbanjador. Não fazia paródia. Nunca andou na imoralidade ou envolveu-se com mulheres, tal como é costume por homens que têm algum estatuto social no nosso país. Fazia os pagamentos no ministério e devolvia o dinheiro que sobrava. Víamos reiteradamente este nobre exemplo com ele. Esta atitude não é de somenos para quem conhece muito bem a imoral e corrupta realidade da Guiné-Bissau que é bastante permeável a desvios de dinheiro público para fins pessoais, branqueamento de capitais e de enriquecimento ilícito, sem quaisquer responsabilidades jurídico-penais para os infractores. Procurou viver na descrição e simplicidade. Era um homem inatacável e com grandes virtudes. Viveu pelo trabalho e com aquilo que ganhava de forma honesta. Viveu uma vida de abnegado servidor público e do próximo em geral, especialmente da família que ele tanto amava.
Domingos Vieira, o meu tio, era mais do que um tio. Era como um pai para nós e para todos os meus primos do lado paterno. Encarregou-se da minha educação e formação, juntamente com os meus irmãos, depois da morte prematura do nosso pai Jorge Vieira, bem como dos meus primos e da parentela que estão na nossa casa que ele era chefe (família alargada, bem entendido). Foi um homem altamente educado e apostou seriamente na educação ao longo de toda a sua vida. Foi o caminho que ele nos demonstrou e nos ensinou pelo seu próprio exemplo de vida. Não poupava em nada que tenha a ver com a educação e formação. Fazia avultados investimentos na nossa educação. A começar, desde logo, pelos próprios filhos, sobrinhos e demais elementos familiares que estavam sob a sua inteira dependência. Sustentava muita gente e formou muitas pessoas – por causa do seu sentido apurado a nível da educação e entrega incondicional à família.
A marca indelével que a minha família é manifestamente conhecida no nosso bairro Bandim II, em Bissau, é o primado da escola, formação, intelectualidade e qualificação. Tal proeza deve-se primeiramente ao meu pai Jorge Vieira, que foi precursor destes nobres valores humo-sociais e este legado foi continuado, com maior alcance, pelo nosso tio Domingos Vieira. Graças à visão inovadora destes dois grandes homens, a nossa família está repleta de homens e mulheres altamente formados e qualificados em várias áreas profissionais.
O nosso tio Domingos Vieira, apesar de apostar na educação e intelectualidade, cedo se apercebeu dos riscos e perigos do falso saber e da descaracterização da política na Guiné-Bissau. E, justamente, por isso, nunca estimulou nenhum de nós a entrar na política partidária ou fazer política activa, apesar de, modéstia à parte, sermos objectivamente homens e mulheres altamente preparados naquilo que é o padrão comum da Guiné-Bissau. Quem, no entanto, posteriormente, entrou na política foi por sua livre iniciativa e opção pessoal. Ele reiteradamente advertia-nos “pa tira boca na política” e não se iludir com a leveza do luxo e o materialismo decadente do nosso país. Dizia-nos também que a nossa família é pobre e nós também éramos “fidjos di coitadi”, razão pela qual devíamos procurar viver como filhos realmente de pessoas humildes, renunciando ao vício da ostentação, corrupção, materialismo, prepotência, elitismo, futilidade e vaidades da vida. Felizmente, estes elevados princípios e valores estão bastantes impregnados e presentes na nossa família, sobretudo na forma como nós encaramos e respondemos aos desafios da vida.
Com o tio Domingos Vieira aprendemos inúmeras coisas. Inúmeras coisas que fazem de nós portadores de elevadíssimos princípios e valores. Ele tinha a premissa que os estudos, o trabalho digno, o carácter são inevitáveis caminhos para sermos homens e mulheres bem-sucedidos na sociedade. Por isso, não poupava os esforços e investimentos na educação e formação de carácter para nos habilitar com estas imprescindíveis ferramentas humano-sociais. Além destes manifestos valores que ele evidenciava, também o tio Domingos Vieira era um homem de paz e não votado aos confrontos e conflitos. Sempre procurou, na medida do possível, evitar dos problemas. Era um homem que não estava metido em problemas, visto que a vida dele era apenas trabalho e casa. E em casa mitigava qualquer tipo de possíveis ímpetos que possam degenerar-se para a confrontação e conflitos entre os familiares e terceiros. Era pacifista, agregador e de família. Tentou incutir estes postulados entre os filhos e para toda a nossa família. E assim foi.
Tenho muitas dívidas com o tio Domingos Vieira. Foi o mentor da minha educação. Acompanhou, desde a primeira hora, todo o meu processo de formação. Estou-lhe eternamente grato por todo o investimento que fez na minha vida. Agradeço ao meu Todo-Poderoso DEUS por permitir ao tio Domingos Vieira ser instrumento de bênçãos na minha vida. Era bastante ligado à família e a nossa família era-lhe também muito ligado.
A última vez que estive com o meu tio Domingos Vieira foi aquando da sua vinda para a Europa passar férias, junto dos filhos e netos, em 2018, durante aproximadamente dois meses. Primeiro em Lisboa na casa do seu primogénito filho Gervásio Domingos Vieira (Djoi) e, de seguida, em Hamburgo, Alemanha, na casa da filha Narcisa Domingos Vieira (Nacy) (LER) e, inversamente, em Lisboa. Depois de um tempo de confraternização, despedimo-nos com dois calorosos abraços de familiaridade na promessa de nos encontrarmos ainda num futuro breve. Disse-me em crioulo: “fica diritu bó” e eu respondi-lhe: “fassi bom biás. Manda nha mantenhas pá titia Fina Indi, tio Duarte i pá tudu djintis lá na casa. Pá DEUS abençoa-bós tudu”. E assim, partamo-nos nostalgicamente um do outro e, ao mesmo tempo, continuando unidos pelo mesmo cordão umbilical de sempre (LER).
O tio Domingos Vieira, para grande surpresa e enorme tristeza nossa, morreu repentinamente na passada quarta-feira, dia 17, em Bissau, e foi sepultado esta tarde no cemitério de Antula, em Bissau. Tinha 75 anos de idade. Era pai de quatro filhos, nomeadamente os meus primos Gervásio Domingos Vieira (Djoi - LER), Narcisa Domingos Vieira (Nacy), Euclides Domingos Vieira (Didi - LER), Duília Domingos Vieira (Dú) e avô de catorze netos. Deixou definitivamente este mundo com o dever cumprido, tal como aconteceu com os meus avós, pai, tios e tias. No entanto, o seu legado de vida vai continuar permanentemente vivo nos nossos corações e transmitido pelos nossos filhos e gerações vindouras da família Vieira. Muito obrigado por tudo o que fez por mim e pela nossa família em geral, tio Domingos Vieira! Louvado seja eternamente o nosso Todo-Poderoso DEUS!
Sequência de Pentecostes
vinde,
Amor Ardente,
acendei
na terra
vossa luz fulgente.
Vinde, Pai dos pobres:
na
dor e aflições,
vinde
encher de gozo
nossos corações.
Benfeitor supremo
em
todo o momento,
habitando
em nós
sois o nosso alento.
Descanso na luta
e
na paz encanto,
no
calor sois brisa,
conforto no pranto.
Luz de santidade,
que
no Céu ardeis,
abrasai
as almas
dos vossos fiéis.
Sem a vossa força
e
favor clemente,
nada
há no homem
que seja inocente.
Lavai nossas manchas,
a
aridez regai,
sarai
os enfermos
e a todos salvai.
Abrandai durezas
para
os caminhantes,
animai
os tristes,
guiai os errantes.
Vossos sete dons
concedei
à alma
do que em Vós confia:
Virtude na vida,
amparo
na morte,
no Céu alegria.”
Devemos Ser ou Não Tolerantes com os Intolerantes?
Tenha um bom proveito na sua visualização e auscultação (LER). Feliz noite de descanso.
Dia Das Mães Para Uma Mãe Especial
Estamos a celebrar hoje no meio Evangélico-protestante “O Dia das Mães”. Não podia deixar passar esta efeméride sem destacar aqui publicamente as incontáveis bênçãos que a irmã Gilca Lopes Pereira Bastos, a quem chamo carinhosamente de “Doutora” Gilca, tem sido maravilhosamente na minha vida ao longo dos anos (LER). Desde quando cheguei a Lisboa ela, juntamente com toda a sua amada família, acolheu-me de braços abertos e tratou-me como se fosse um filho. A Doutora Gilca esteve e está sempre presente na minha vida, procurando na medida do possível acompanhar-me e auxiliar-me naquilo que for necessário.
A Doutora Gilca é uma mulher com enormes qualidades morais, sociais e espirituais (LER). Bastante sensível as causas sociais e com um humanismo apuradíssimo. Evidencia esta consciência social na forma peculiar como se relaciona com as pessoas à sua volta. Está mais predisposta para servir o próximo do que para ser servida. A Gilca é manifestamente generosa por natureza e altruísta na forma de encarnar a amizade. Tem uma personalidade prestativa, afável, agregadora e amorosa. Dá mais aos outros do que propriamente aquilo que recebe. Mesmo assim, nunca perdeu este nobre brilho e substrato identitário de servir permanentemente o próximo. Não há ninguém que cruze o seu caminho que rapidamente não fique contagiado com a sua dócil e impactante personalidade. A Gilca é uma mulher que ama a DEUS, acima de todas as coisas, e vive exclusivamente para honrá-Lo, adorá-Lo e servi-Lo em espírito e em verdade no seu dia-a-dia. Vive uma espiritualidade vincada e é uma mulher altamente comprometida com o Reino de DEUS e com a santidade da vida Cristã.
A Doutora Gilca Lopes Pereira Bastos é mãe de dois filhos. É uma mãe zelosa que pensa nos seus filhos e também pensa nos filhos dos outros. Tanto que, por esta razão, trata-me como se fosse seu filho. Devo-lhe muitos favores. Favores inumeráveis e imensuráveis. Favores que estarão sempre presentes e guardados no meu coração. Favores que jamais conseguirei pagar um dia. No entanto, estou inteiramente grato a DEUS pela vida da irmã Gilca e, sobretudo, pelas bênçãos que ela tem sido na minha vida.
Por isso, rogo ao nosso Bom e Eterno DEUS que possa preservar com vida e saúde a nossa querida Gilca Lopes Pereira Bastos, livrando-lhe de todo o perigo e mal. Que tenha sempre força suficiente para continuar a semear a paz, o amor, o perdão, a bondade e a reconciliação para onde passar, especialmente nos corações empedernidos. E, por fim, “que o Senhor te abençoe e te proteja; que o Senhor te mostre o seu rosto acolhedor e te trate com bondade; que o Senhor olhe para ti e te conceda a paz!” (Números 6:24-26). Amém. Um feliz e abençoado Dia das Mães, Doutora Gilca Lopes Pereira Bastos!
Um Dia, Um Aniversariante
O meu irmão Evaristo Vieira faz anos hoje. Completa mais uma primavera na vida. Está a comemorar uma importante data de aniversário. É um dia repleto de alegria, festa e, sobretudo, gratidão a DEUS pelo dom inefável da vida que Lhe concedeu, tendo fé que tal estender-se-á ainda por longos, saudáveis, vitoriosos e felizes anos de vida.
O Evaristo Vieira é abençoado por DEUS em todos os aspectos. Abençoado do ponto de vista espiritual, familiar, profissional, relacional e material. Sempre foi muito diligente, aplicado, determinado e altamente competente nas coisas que se propõe realizar ou que lhes são incumbidas a fazer. É um homem íntegro a nível de carácter, justo no seu procedimento, vertical na forma de estar e bastante elegante no relacionamento com os outros. O Evaristo é também educado, prestável, humilde, devotado e desprendido. Não tem vícios e nem se desdobra em artimanhas ou desvelos alimentados por uma ânsia legitimação secular. Não vive de sobressaltos ou vaidades do mundo. Da mesma forma, não vive de bajulação ou rasteirice. Não é uma pessoa materialista ou corruptível, antes pelo contrário, é insuspeita e completamente irrepreensível.
O Evaristo Vieira é ainda uma pessoa honesta, polida e de bom trato. Trabalhador incansável e com bastantes atributos e enormes pergaminhos. Acumula várias funções em simultâneo: Pastor Evangélico pela chamada Divina e consagração da mesma, diplomata de carreira (Ministro-Conselheiro) e docente universitário. O Evaristo é chefe de família e, acima de tudo, um fiel seguidor e servo do Senhor Jesus Cristo. Ele é um grande orgulho para toda a nossa família (LER).
Por tudo que ficou exposto, e poderia sempre acrescentar mais coisas, desejo parabéns para o meu irmão. Muitos parabéns e feliz aniversário, querido irmão Evaristo Vieira. Votos de maiores e melhores bênçãos de DEUS a todos os níveis da tua vida. Que sejas sempre saudável, bem-sucedido, realizado e feliz nas tuas opções diárias e percurso de vida. Estou certo de que a graça, o amor, o perdão, a misericórdia e a bondade do nosso Todo-Poderoso DEUS cercar-te-ão sempre ao longo de toda a tua vida, juntamente com toda a nossa família. Parabéns pelos preciosos, abençoados e felizes anos celebrados na graça e paz de DEUS. Todas as felicidades do tempo e da eternidade.
IDENTIDADE E FAMÍLIA (1): Entre a Consistência da Tradição e as Exigências da Modernidade
“De todas as sociedades humanas, a família é a única natural, universal e intemporal. Nasceu com o Homem e existe antes do Estado. Não foi criada cientificamente, não resulta de um qualquer legado jurídico, não foi imposta por acto administrativo, não germinou fruto de uma qualquer ideologia, não é o resultado de meras circunstâncias ou contingências históricas. (…). Vida e família são irmãs gémeas da nossa natureza. A família é âncora da pessoa. Constitui a base de um projecto de vida, de realização pessoal do homem e da mulher. É o útero social que melhor conjuga o ser e o ter, o sustento e o trabalho, a liberdade e a responsabilidade, o amor e a solidariedade.[1]”
[1] Extraído no livro de Identidade e Família: Entre a Consistência da Tradição e as Exigências da Modernidade, Oficina do Livro, Lisboa, 2024
Encontro de Jovens Cristãos Evangélicos Guineenses em Lisboa
Estive anteontem como convidado especial no encontro lúdico de Jovens Cristãos Guineenses em Lisboa, organizado por alguns destacados líderes da nossa Igreja Evangélica de Bandim em Bissau, que agora estão a estudar em Portugal, para falar sobre os grandes desafios espirituais que se colocam aos jovens Cristãos Evangélicos guineenses na Europa e Portugal em particular. O referido encontro teve lugar ao lar livre das 10h00 até às 17h00, isto é, no Jardim Urbano da Quinta da Granja, em frente ao centro comercial Colombo, contando com uma expressiva participação juvenil. Estiverem presentes, segundo os dados que me foram transmitidos pelos organizadores do evento, mais de noventa jovens oriundos de várias Igrejas da Guiné-Bissau, sendo que a mais representada de todas elas é a Igreja Evangélica de Bandim.
No dia em que se celebra a liberdade em Portugal, o 25 de Abril, saímos também à rua para celebrarmos a nossa inigualável, insuperável e inatingível liberdade em Cristo Jesus, o nosso Senhor e suficiente Salvador. Na minha humilde explanação sobre os grandes desafios que se colocam a um jovem Cristão nos dias de hoje, apoiado no texto bíblico de 2 Timóteo 3:1-17, destaquei o relativismo religioso, o ateísmo obscurantista, a ignorância doutrinaria, o conformismo com os valores do mundo, o materialismo desenfreado, as paixões libidinosas, a promiscuidade sexual, o sexo antes do casamento, a avidez pelo lucro fácil, a corrupção generalizada, o não compromisso com a Igreja e com a vida de santidade. Tudo isto consubstancia, a meu ver, as manifestas marcas distintivas do nosso decadente mundo dito “pós-moderno” que, de forma resoluta, o jovem Cristão deve renunciar para estar fielmente ligado a Cristo.
Foi um tempo realmente agradável na presença do nosso Todo-Poderoso DEUS. Um tempo de encontro entre irmãos da fé, de celebração, de testemunho e de festa. Um tempo de comunhão, de partilha, de exortação e de compromisso. Foi um tempo, acima de tudo, de adoração, oração, proclamação da Palavra de DEUS e de edificação espiritual.
Fiquei bastante contente pela adesão de jovens guineenses à Causa do Evangelho do Senhor Jesus Cristo e a predisposição que demonstram em querer estar no centro da vontade de DEUS, não obstante a sedução do mundo. Fiquei, igualmente, satisfeito pelo considerável investimento que as Igrejas guineenses têm estado a fazer do ponto de vista missionário, investindo em crianças, jovens e adultos que acabam por ser instrumentos de bênçãos nas mãos de DEUS fora do contexto do nosso país. Esta é a nobre missão da Igreja. É a missão que todos nós, Cristãos, sem excepção, fomos incumbidos a realizar pelo nosso Salvador Jesus Cristo para a honra e glória do nosso Eterno DEUS. Que assim seja. E assim sempre será.
Irão: Um Estado Patrocinador do Terrorismo
Os Últimos Momentos de Vida do Senhor Jesus Cristo
Segregação Cultural e o Seu Reflexo no Sistema Educacional
O Meu Coração Está Com o Sofrido Povo Palestiniano
Eu, Térsio Vieira, e mais duas crianças palestinianas na cidade de Hebrom, Cisjordânia, em Março de 2013.
É com o coração dilacerado que tenho estado a acompanhar os bombardeamentos indiscriminados na Faixa de Gaza pelas tropas israelitas, vitimando milhares dos inocentes, sob pretexto de “eliminar” completamente os terroristas do Hamas. O mal não se combate praticando um outro mal. O mal combate-se com o bem.
É verdade que nada justificava os atentados macabros do Hamas perpetuado no dia 07 de Outubro do ano passado no território israelita, que ceifou vidas de inúmeros inofensivos judeus e de outras nacionalidades (LER). É verdade que este acto ignóbil, bárbaro e deliberado do Hamas configura um flagrante desrespeito pela vida humana (LER). É verdade ainda que Israel, à luz do Direito Internacional, tinha todo o direito de se defender por legítima defesa pelo traiçoeiro e sanguinário ataque que sofreu por parte dos terroristas do Hamas (LER).
No entanto, esta legítima defesa não pode esvaziar o Direito Internacional Humanitário contemplado na Convenção de Genebra e, muito menos, a legitima defesa ser manifestamente desproporcional com a agressão sofrida. A verdade é que, desde início da invasão da Faixa de Gaza, as autoridades israelitas não têm respeitado estes postulados axiológicos da Carta das Nações Unidas, optando por via de confrontação da Comunidade Internacional, não obstante os reiterados apelos e pressões constantes dos países para que Israel protegesse os civis palestinianos, sobretudo que cessasse o conflito armado, e negociasse a libertação dos seus reféns que estão ainda nas mãos dos terroristas do Hamas.
Da mesma forma que não hesitei em condenar o hediondo acto do Hamas para com Israel, também não deixarei de condenar a mortandade promovida pelas autoridades israelitas nos territórios palestinianos. Estão a matar, de forma indiscriminada e sem piedade, os palestinianos. Não podemos fechar os olhos com as chocantes imagens que nos chegam todos os dias da Faixa de Gaza. Estão a morrer civis inocentes que não mereciam morrer. A começar, desde logo, por bebés, doentes, mulheres, idosos, mulheres e homens. São seres humanos como nós, independentemente das suas origens e crenças. É imprescindível, com carácter de urgência, terminar com este desumano derramamento de sangue, libertar os reféns israelitas e negociar a paz para o bem-estar de todos. Todo o povo palestiniano não pode ser esmagado pela barbaridade do Hamas. É uma questão de bom senso e da razoabilidade, ou melhor, é uma questão do humanismo e humanidade.
Sou, tal como oportunamente manifestei aqui publicamente, um convicto sionista (LER). Rejeito qualquer tipo de antissemitismo. Julgo que Israel merece ser protegido contra os hostis países do Médio Oriente que, a todo o custo, querem a sua aniquilação total. Há um ódio declarado dos países circunvizinhos para com Israel o que, em circunstância nenhuma, não posso subscrever. Agora, uma coisa é ser pró-Israel. Outra coisa, e bem diferente, é apoiar cegamente Israel, mesmo quando não está certo. Sim, sou defensor acérrimo de Israel, mas muito mais defensor da Verdade, pois só a Verdade libertar-nos-á, já dizia o Senhor Jesus Cristo (Jo 8:32). E a única e exequível verdade neste momento é a de Israel cessar a guerra e negociar um cordo de paz, com vista a formação do estado palestiniano. Sou apologista da existência do estado palestiniano, sobretudo no que toca à sua coexistência pacífica com o estado hebreu, sem este contudo abdicar da parte dos territórios que actualmente ocupa, especialmente na cidade de Jerusalém.
Visitei Israel e Palestina alguns anos atrás onde constatei in loco as tremendas rivalidades existentes e existenciais entre ambos, mormente o manifesto ódio que os dois povos nutrem um pelo outro (LER). Marcou-me profundamente a mundividência e idiossincrasias tanto dos judeus como dos palestinianos (LER). Estes estão completamente desprovidos dos elementos básicos de sobrevivência, vivendo num limiar da pobreza aviltante que não deixa qualquer pessoa indiferente. Foi neste contexto humilde que conheci pessoas fantásticas que abençoaram a minha vida e das pessoas que estavam comigo na viagem. Lembro-me, particularmente, da família Cristã Abu Sa'id que foi muito acolhedor, cordial e simpático connosco durante a nossa estadia na Cisjordânia.
Há ainda, tal como a família Abu Sa'id, milhares de Cristãos palestinianos que estão neste momento a sofrer com efeitos colaterais e nefastos da guerra na Faixa de Gaza. O meu coração está com o sofrido povo palestiniano em geral, especialmente com estes nossos irmãos na fé Cristã que certamente alguns já perderam a vida e outros os seus ente-queridos. Que o nosso Todo-Poderoso DEUS console as almas destas pessoas e renove as suas esperanças unicamente Nele, principalmente que faça terminar a guerra e restaure definitivamente a paz para o bem-estar dos dois povos vizinhos. Que assim seja.
A Sangrenta Guerra da Rússia na Ucrânia
A dor da Ucrânia é também a nossa dor. É a dor de todos aqueles que procuram viver em paz, tranquilidade, solidariedade e o amor. É a dor dos defensores dos ideais do direito e da justiça entre os seres humanos. É a dor, acima de tudo, do Humanismo e da Humanidade (OUVIR).
A Mulher Adúltera e a Sua Absolvição pelo Senhor Jesus Cristo
Mesmo assim, o amor venceu o legalismo hipócrita, a misericórdia a religiosidade, a verdade a mentira, a vida a morte. O Senhor Jesus conferiu um novo estatuto a esta pobre mulher, restaurando-lhe completamente a dignidade, como faz com todos aqueles que beneficiam da Sua graça salvífica. O Senhor Jesus Cristo veio ao mundo para justificar e salvar os miseráveis pecadores. Aleluia!